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E Se o Ganho de Peso Não For o Que Parece? Uma Nova Perspectiva Sobre o Corpo e a Saúde

E Se o Ganho de Peso Não For o Que Parece? Uma Nova Perspectiva Sobre o Corpo e a Saúde

Por Dra. Lygia Pessoa

Quando falamos sobre ganho de peso, é comum que a primeira reação seja de frustração. Afinal, somos constantemente ensinados a ver qualquer aumento na balança como um fracasso pessoal, algo que precisa ser corrigido rapidamente. Mas… e se a gente mudasse o foco? E se, ao invés de lutar contra o corpo, passássemos a escutá-lo?

A medicina tradicional muitas vezes se concentra em números — peso, IMC, calorias ingeridas e queimadas. Mas a saúde é muito mais que isso. O corpo é inteligente, responde aos nossos hábitos, emoções, rotinas e até às privações. O ganho de peso pode ser uma mensagem, não um erro.

Ganho de Peso Como Sinal de Adaptação

Imagine que seu corpo está tentando protegê-la(o). Em momentos de estresse, restrição alimentar ou sono desregulado, ele pode reagir desacelerando o metabolismo e armazenando mais energia. O ganho de peso, nesse contexto, pode ser uma resposta adaptativa — um esforço para garantir sua sobrevivência.

Ao invés de se culpar, pergunte-se: o que está por trás desse ganho de peso? Talvez seja um período de muita pressão no trabalho, um ciclo de dietas muito restritivas ou até um histórico de desconexão com as próprias necessidades físicas e emocionais.

O Peso Não Define Seu Valor — Nem Sua Saúde

Essa é uma verdade que precisa ser dita em voz alta: peso não é sinônimo de saúde. Pessoas com o mesmo peso podem ter níveis de saúde completamente diferentes. Uma abordagem mais gentil e funcional envolve olhar para hábitos: como está sua alimentação? Você dorme bem? Pratica alguma atividade física que goste? Tem momentos de prazer e descanso no seu dia?

Quando você cuida de si com mais presença e respeito, o corpo responde — e não necessariamente com emagrecimento imediato, mas com mais equilíbrio, disposição, regulação hormonal e bem-estar.

O Convite: Reconectar-se com Você

Meu convite é que você pare de travar uma guerra contra a balança e comece a investigar, com curiosidade e empatia, o que seu corpo quer lhe dizer. A verdadeira mudança começa quando saímos da lógica da culpa e entramos na lógica da escuta.

Se for para mudar, que seja para viver melhor. E isso não depende apenas do número que aparece na balança.

 

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